A II Bienal do Livro de Minas termina neste domingo, 14 de maio, no Expominas, Minas Gerais, com público estimado de 250 mil pessoas ao longo de 10 dias de evento. O número de visitantes atingiu o esperado pela organização, formada pela Câmara Mineira do Livro e a Fagga l GL events.
Nesta edição houve um aumento no número de público da Visitação Escolar, que recebeu cerca de 46 mil alunos contra 28 mil da última edição. Foram vendidos cerca de 700 mil livros, volume 36% superior ao obtido em 2008, quando foram comercializadas 513 mil unidades.
O volume de livros comprados por visitantes também cresceu, passando de 3 para 4 unidades por pessoa, segundo pesquisa realizada até sábado, dia 22, onde 300 pessoas foram ouvidas. A estimativa é que se feche o evento com faturamento de R$ 10,5 milhões. A pesquisa também identificou que, para 95% dos visitantes, valeu a pena ter prestigiado a Bienal do Livro de Minas, e 91% do total pretende vir novamente em 2012. Nada menos do que 70% dos visitantes compraram livros.
Além desta venda para o público geral, a Bienal do Livro de Minas também movimentou a receita de R$ 1,086 milhão através da parceria com a Secretaria Estadual de Educação, que destinou essa verba para a compra de livros para 25 mil alunos, mil professores e 956 diretores de escolas.
A Câmara Mineira do Livro, co-organizadora do evento, aprovou o resultado final. De acordo com José de Alencar Mayrink, presidente da entidade, “esses números mostram que Minas é muito receptiva à Bienal, que já é o maior evento do setor no Estado. As editoras já perceberam isso e sabem que não podem ficar de fora deste ambiente cultural favorável aos negócios e fundamental para consolidar e fortalecer a sua estratégia comercial. Outro ponto a destacar é a parceria com a Secretaria de Educação, que contribui significativamente para aproximar nossos alunos do universo dos livros.”
Programação cultural
A programação cultural foi novamente um sucesso e o grande destaque do evento. De acordo com Andréia Repsold, vice-presidente da Fagga Eventos, a segmentação dos espaços e a reorganização da grade renderam resultados positivos. "Tivemos muitas sessões concorridas, filas para senhas e a capacidade dos espaços completamente preenchida na maioria das sessões", afirma. A organização credita o sucesso dos espaços aos curadores, que desenvolveram ao longo de meses de trabalho uma programação diversificada, que abordou gêneros diferentes da literatura atual e clássica, além de levarem, aos visitantes da Bienal, formas diferentes de contato com o livro.”
Para a curadora do Café Literário, da Arena Jovem e da Arena Poética, Guiomar de Grammont, a Bienal do Livro de Minas já é um evento consolidado no calendário cultural do Estado. "A gente observou, nesta edição, que o interesse do público vem crescendo bastante. Todas as sessões da programação da Bienal estiveram lotadas, com a presença de um público participativo e interessado. Acredito que se houvesse mais dez dias de evento os mineiros iam adorar. Também notamos um grande prazer nos autores em comparecer", comentou.
O tradicional Café Literário, que teve a curadoria da Guiomar de Grammont, manteve a sua trajetória de sucesso reunindo diversos escritores, jornalistas e pensadores. Os leitores puderam acompanhar bem de perto nomes como Rubem Alves, Tatiana Salem Levy, Zuenir Ventura, Arthur Dapieve, Ruy Castro, Mary del Piore, Menalton Braff, Luiz Ruffato, Moacyr Scliar, Alcides Nogueira entre outros.
A Arena Jovem, que também teve a curadoria da Guiomar de Grammont, confirmou o sucesso já realizado na primeira edição, contando com a participação de diversas personalidades do meio literário e jovem, como: Fabrício Carpinejar, Fernando Brant, Heloísa Seixas, Rosana Hermmann, Marcelo Barreto, Sidney Garambone, João Gabriel de Lima, Dado Villa-Lobos, Tânia Zagury, Heloisa Buarque de Holanda, entre outros.
A Goleada Literária, novidade dessa edição, que teve a curadoria de Bob Faria, conquistou o público da Bienal. A atividade contou com a participação de importantes nomes do jornalismo e cronismo esportivo, como Milton Leite, Alex Escobar, Marcelo Migueres, Luiz Carlos Osterman, além de personalidades do mundo do futebol como o ex-árbitro e comentarista da TV Globo, Márcio Rezende de Freitas.
A Arena Poética, novidade dessa edição para os finais de semana, foi palco de momentos marcantes. Contou com a participação de Fabrício Carpinejar, Claufe Rodrigues, Adélia Carvalho, Jovino Machado, entre outros.
O Circo das Letras, que ficou sob a curadoria de Daniela Chindler, foi muito bem recebido pelas crianças e até os adultos aproveitaram a atividade, que ficou quase todo tempo de funcionamento do evento repleto de visitantes. O espaço, que previa cerca de 250 crianças, chegou a ser ocupado por até 600 pessoas nos dias mais movimentados.
DEPOIMENTOS
Público, autores e expositores aprovam organização e programação da Bienal:
Público, autores e expositores aprovam organização e programação da Bienal:
AUTORES
“Estar fisicamente em um lugar é uma coisa mágica, essa magia consiste justamente na unicidade do momento. Estar aqui é uma experiência que jamais poderei reproduzir. Não é como uma vídeo conferência, por exemplo, que você pode assistir quantas vezes quiser. É um momento único no tempo e no espaço, uma oportunidade de compartilhar um momento da minha vida com os meus leitores. É uma experiência magnífica!” (Rosana Hermann – Escritora)
“Estar fisicamente em um lugar é uma coisa mágica, essa magia consiste justamente na unicidade do momento. Estar aqui é uma experiência que jamais poderei reproduzir. Não é como uma vídeo conferência, por exemplo, que você pode assistir quantas vezes quiser. É um momento único no tempo e no espaço, uma oportunidade de compartilhar um momento da minha vida com os meus leitores. É uma experiência magnífica!” (Rosana Hermann – Escritora)
“Eu acho que qualquer iniciativa que promova a cultura no Brasil deve ser louvada. Eu sempre compareço a todos os eventos literários para os quais sou chamado. É o mínimo que posso fazer para colaborar.” (Zuenir Ventura – Jornalista e escritor)
“Achei ótimo participar do Café Literário da Bienal do Livro de Minas. Senti-me em casa, pois fui muito bem recebido. O clima daqui é parecido com o das Bienais de São Paulo e do Rio de Janeiro, mas, ao mesmo tempo, cada experiência é diferente. Achei o público bastante participativo”. (Arnaldo Bloch - Jornalista e escritor)
“Achei o ambiente do Café Literário muito simpático. Esses espaços são importantes por promover uma aproximação do público com os autores. Dessa forma, ele pode ver que escritor também é gente. Também acho que esse contato desperta o interesse das pessoas em ler os livros daqueles autores que eles acabaram de conhecer. Isso é muito positivo”. (Tatiana Salem Levy, escritora)
“Acho muito importante um evento literário abrir espaço para discussão de outros segmentos artísticos, como o audiovisual. Com as novas tecnologias, principalmente, as fronteiras que delimitam as expressões artísticas são cada vez menos rígidas. E foi possível falar sobre isso com o público aqui na Arena Jovem da Bienal do Livro de Minas”. (Marcus Nascimento, escritor)
“Uma Bienal do livro é muito importante em dois aspectos. Primeiro, por fomentar a leitura e o amor ao livro e, em segundo lugar, por homenagear e promover autores regionais, como está acontecendo aqui.” (Moacyr Scliar - Escritor)
“Achei muito interessante o formato do Café Literário, muito bonito o espaço e gostei bastante de participar. Gosto quando a coisa não é ensaiada e a gente precisa improvisar. Achei também o público bastante participativo e interessado, colocando perguntas muito inteligentes”. (Jacyntho Lins Brandão – Escritor)
“Gostei muito de vir à Bienal do Livro de Minas, me senti em casa e fui muito bem recebido. Gostei demais de conhecer pessoas que só havia tido contato por e-mail, como o Jacyntho Lins Brandão. Eu acho muito importante para a formação de público leitor a criação de espaços como o Café Literário em eventos de literatura”. (Alberto Mussa – Escritor)
“É um prazer estar na Bienal lançando meu livro “Pra Ser Sincero”. Já fiz vários shows em Minas e adoro este estado. Com certeza, a melhor coisa de Minas são os mineiros.” (Humberto Gessinger - Músico – Engenheiros do Hawaii)
“Estou muito feliz de estar na Bienal lançando meu livro de Minas para o Mundo. A Bienal está linda. Tudo que se faz em favor da cultura em Minas é muito importante. Muito obrigada e parabéns.” – (Leda Nagle - Jornalista e apresentadora)
EXPOSITORES
“Estou surpreendido com a frequência de público nesta edição da Bienal, que este ano está maior do que nos primeiros dias de 2008. As minhas expectativas, portanto, são as melhores possíveis, pois acredito que, nestes três dias, já vendemos cerca de 60% a mais que no mesmo período do ano retrasado.” (Roberto Sena - Bom Senso Distribuidora)
“Estou surpreendido com a frequência de público nesta edição da Bienal, que este ano está maior do que nos primeiros dias de 2008. As minhas expectativas, portanto, são as melhores possíveis, pois acredito que, nestes três dias, já vendemos cerca de 60% a mais que no mesmo período do ano retrasado.” (Roberto Sena - Bom Senso Distribuidora)
“Esta é a 2ª edição da Bienal que participo e posso dizer que o evento continua com o mesmo padrão dos outros que a Fagga faz. E eu já senti alguns diferenciais, como nas vendas, que este ano parece que serão bem melhores; no tamanho do evento, que está com mais expositores; nas variedades; público participante etc.” (Elias Llacsahuanga - Os Menores Livros do Mundo - São Paulo/SP)
“Este ano começamos com uma visitação ainda melhor do que a da primeira Bienal. Eu também participo das bienais dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, e a nossa experiência nos diz que vale a pena. A Editora Leitura é de Minas Gerais então não poderíamos deixar de estar presente.” (Débora Resende - Editora Leitura - Belo Horizonte/MG)
PÚBLICO VISITANTE
“Viajei para Belo Horizonte especialmente para visitar a Bienal do Livro de Minas, e minha opinião é que o evento está incrível! Entre os muitos estandes que me impressionaram, pude encontrar um que vendia obras muito raras, como a primeira edição do ‘Cancioneiro da Inconfidência Mineira’; e outras tantas de Machado de Assis, como ‘Memorial de Aires’ e ‘Dom Casmurro’. Estou impressionado com a diversidade desse encontro.”
Flávio José, 54 anos - Professor de Antropologia da Unimontes – Polo Francisco Sá / UAB – Francisco Sá/MG
“Viajei para Belo Horizonte especialmente para visitar a Bienal do Livro de Minas, e minha opinião é que o evento está incrível! Entre os muitos estandes que me impressionaram, pude encontrar um que vendia obras muito raras, como a primeira edição do ‘Cancioneiro da Inconfidência Mineira’; e outras tantas de Machado de Assis, como ‘Memorial de Aires’ e ‘Dom Casmurro’. Estou impressionado com a diversidade desse encontro.”
Flávio José, 54 anos - Professor de Antropologia da Unimontes – Polo Francisco Sá / UAB – Francisco Sá/MG
“A Bienal é uma ótima oportunidade para desenvolver a leitura. E a partir do momento que somos atraídos por ela, levamos o aprendizado adquirido para frente, passamos a ser multiplicadores do conhecimento. Aqui encontramos todos os tipos de livros a preços acessíveis, o que facilita no crescimento do nosso acervo pessoal.”
Arlete Guerra Bretãs - Diretora da Escola Estadual Santa Maria - Santa Maria de Itabira/MG
“Vim à Bienal todos os dias, desde a abertura. O que mais me chama atenção é a programação do Café Literário e da Arena Jovem, espaços que proporcionam a troca de ideias e a aproximação com os autores.”
Carlos Figueiredo - Jornalista
“O diferencial que encontrei aqui na Bienal foram kits de autores, alguns especializados em um ou outro assunto, e muitos títulos que eu não encontrava antes. Ou seja, a Bienal está oferecendo livros raros e difíceis de encontrar, acho até que alguns títulos estavam esgotados, mas aqui tivemos oportunidade de encontrá-los. Valeu muito a pena vir.”
Joyce de Cássia Pereira Afonso - Estudante de Comunicação da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
PROFESSORES
“O mais importante de um evento como este é o incentivo à leitura. Por meio dela, as crianças adquirem grande conhecimento, ampliam horizontes, compreendem melhor a vida e adquirem diferentes visões de mundo. O livro faz a gente viajar. Os alunos estão muito empolgados, principalmente porque somos de uma escola carente e essa é a primeira oportunidade que temos de viver uma experiência como esta fora da sala de aula.”
Cátia Aparecida Rodrigues Aniceto - Professora da Escola Estadual Nova Contagem
“O mais importante de um evento como este é o incentivo à leitura. Por meio dela, as crianças adquirem grande conhecimento, ampliam horizontes, compreendem melhor a vida e adquirem diferentes visões de mundo. O livro faz a gente viajar. Os alunos estão muito empolgados, principalmente porque somos de uma escola carente e essa é a primeira oportunidade que temos de viver uma experiência como esta fora da sala de aula.”
Cátia Aparecida Rodrigues Aniceto - Professora da Escola Estadual Nova Contagem
“A Bienal está incrível! É a primeira vez que venho com os meus alunos. Já brincamos e nos divertimos no Circo das Letras. Estamos todos gostando muito do passeio, e a organização está de parabéns pelo evento.”
Maria de Lourdes Garcia - Professora do Núcleo Pedagógico Pequeno Aprendiz
“A Bienal está maravilhosa, e meus alunos estão encantados! Compraram livros, passearam, estão maravilhados com tudo. É muito importantes termos a oportunidade de estar em um evento como este e de aproximarmos ainda mais o nosso contato com o livro.”
Rose Elaine Oliveira - Professora da Escola Estadual Professor Samuel João de Deus
“Vale muito a pena vir pra Bienal e trazer os alunos, estimular a leitura. Meus alunos, por exemplo, ficaram tão animados com a visita que se comprometeram a ler três livros cada. É sempre importante mostrar que existem livros em tempos em que a tecnologia é tudo. E mais do que isso, incentivar a proximidade dos alunos com a cultura do livro físico.”
Paulo Roberto Starling - Professor da Escola Municipal José Maria dos Mares Guia - Belo Horizonte (MG)
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