A internet é uma grande plataforma que interliga todos os usuários e permite com que todos possam ser colaboradores da mesma , mas nem sempre foi assim.
Com o constante crescimento da internet nos anos 90, várias empresas apostavam nesse novo mercado. Repleta de idéias, as empresas virtuais cresciam e buscavam explorar o usuário de todas as formas possíveis. Em uma época que se tinha como base a troca de e-mails e as instant messangers, os espaços virtuais eram comercializados e o dinheiro era alto, devido a praticidade dessas novas ferramentas. As empresas queriam vender seus produtos, seus softwares, suas ferramentas. As grandes empresas usaram da internet para expandirem seus negócios, redes intranet e extranet podem ser consideradas símbolos dessa WEB1.0. As economias com papéis e telefones, as praticidades e a velocidade do fluxo de informações das grandes corporações faziam da web uma ferramenta essencial e promissora.
A internet era vista como um produto, o usuário, um reles consumidor. Com custos baixos de manutenção, sem instalações fixas, o lucro era enorme. Ações de empresas virtuais eram colocadas na bolsa, suas valorizações iam às alturas. Até que veio o fenômeno intitulado “estouro da bolha pontocom”, uma série de falências de empresas virtuais e conseqüentemente a desvalorização das ações na bolsa. A partir do momento em que várias pessoas perderam dinheiro, o futuro da internet passou de brilhante para desacreditado. Apenas algumas empresas sobreviveram a essa situação, saíram ilesas. Mas, afinal, o que elas tinham de diferentes das outras empresas? Porque sobreviveram a crise?
O diferencial das empresas que sobreviveram no mercado era a mentalidade na qual tratavam a internet. A web não era um produto e sim uma plataforma, um ambiente que poderia sofrer alterações, usuários não só acessariam dados como também criariam e os editariam.
Essa nova visão foi o carro chefe da WEB 2.0, com o usuário virando o centro das atenções, vários novos sites aparecendo, como as wikis, as redes sociais, os blogs, tudo com um sucesso estrondoso, a manutenção é feita pelos usuários.
Se a WEB 1.0 era estática, essa nova WEB é dinâmica, a todo momento temos novo conteúdo. Se a internet era restrita, com venda de conteúdos e softwares, hoje ela é aberta, as pessoas compartilham, os softwares são executados na própria web e não mais distribuídos. Se funcionava de forma institucional para pequenos grupos, agora é uma rede social que liga todos os usuários.
Mas para ocorrer todas essas mudanças e surgirem sites como youtube, Wikipédia, os blogs e as redes sociais que tomaram conta da internet, foi necessária a democratização da Web, o surgimento da banda larga e a convergência de mídias para se tornar mais fácil a distribuição e a construção do conteúdo.
O que vemos hoje são empresas como o Google, que respeita o usuário e utiliza da inteligência e do conhecimento coletivo para produzir conteúdo e conectar as pessoas. Agora, podemos gerenciar todas as nossas relações por um site, fazer nossos próprios vídeos e colocar à disposição de todos “Broadcast yourself”, compartilhar nossos conhecimentos e informações através dos blogs, microblogs como Twitter, enfim, uma rede de conteúdo imensa ao alcance de qualquer usuário.
Oi, Dionízio,
ResponderExcluiro seu texto está correto na análise que faz, embora não traga uma experiência pessoal para a discussão. Esse 'detalhe' é o que diferencia um blog de outro nesse emaranhado da web - a experiência do blogueiro, ainda que o tema em pauta esteja sendo tratado em dezenas de outros sites.
Um abraço,